segunda-feira, 25 de julho de 2011

Novo Sítio

Pois bem, para aqueles que me seguem, uma mensagem.

Agradeço por todo o apoio que tens me dado, me sinto todo importante com ele, é sério.

Devido a motivos de organização, como minha saída do Orkut, e afins, mudei também meu sítio para um no Wordpress, já que não somente me agrada mais, como também facilita a divulgação de meus escritos.

Espero que não deixem de me ler só por isso ^.^"

http://fiosdourados.wordpress.com

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Reflexo

Sua mão desceu pela nuca com suavidade, parando na altura do ombro, antes de vagar pelo seu peito nu. Ela  desceu com leveza e ousadia por seu umbigo, antes de repousar sobre sua cintura. Seu sorriso era de troça, e seus olhos traziam a promessa de uma longa noite. Embora jovem e inexperiente, ele era audacioso, e demonstrava segurança na sedução. Seu corpo pedia para ser explorado, e era possível sentir em cada movimento sua vontade de ser tomado.

domingo, 24 de abril de 2011

Canto no Escuro - Poema

Eu estava meio sem sono ontem a noite, e me veio isso...

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Uma oração em silêncio
      Um canto sem tom
   Um samba sem verso

                                          Uma oração
                                                Para se receber tudo
                                                o que há para ser recebido
                                                   Para doar
                                                      Tudo
                                                O que há para ser doado

           O silêncio
                Para se ouvir tudo
              O que não foi dito
                  Para sentir
                     Tudo
               O que não foi respeitado

                                                 E enquanto o silêncio
                                                       Tece
                                                    A toada da noite

               A oração canta
                   E é ouvida
                 Onde começa o soluço
                     E acaba o sorriso

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contos de Galea - Cap.1º - Completo

   Pois bem, aqui começa a história que tenho carregado comigo pelos últimos três anos, sem coragem de pôr no papel. Se divirtam.

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   O silêncio que envolvia o salão era quebrado somente pelo som ritmado da vassoura, que, implacavelmente, buscava tirar o máximo de poeira das antigas tábuas de madeira que compunham o chão. Sua usuária, uma esguia raposa, parecia querer tirar o próprio piso do lugar, sua bela face marcada por uma expressão de determinação cega. Seu longo vestido azul ondulava a cada movimento, e suas longas mechas ruivas escorriam por seus ombros, contrastando com a aparência pobre do local. Ela não usava nenhum adereço, além de um cordão que envolvia sua cintura, ajustando o tecido de maneira elegante a seu corpo. 
      Do outro lado do cômodo, próximo a um longo balcão, um pequeno morcego observava o trabalho da canina. Ele não observava per se, sua visão por demais pobre para perceber qualquer coisa. Ao invés disso, ele permitia que suas longas orelhas captassem o som refletido em sua companheira, causado por uma sutil vibração emitida por seu nariz. Assim, mesmo que não visse o rosto de sua companheira, ele se divertia ao perceber quão irada ela estava. Ele não vestia mais que um par de calças verdes; suas longas asas, que surgiam a partir do tronco e se estendiam pelos seus braços, impedindo qualquer outra vestimenta. Sua pelugem marrom se confundia com o ambiente em que ele estava,  e não fosse a fraca luz que passava pelo telhado de madeira, ele passaria despercebido no local. "Então, mana." Sua voz grave e baixa escondia sua idade, passando uma impressão de maturidade e experiência. "Está mais calma agora?"
      "Não me venha com essa." A raposa parou de varrer e se apoiou na vassoura. Jogando o cabelo para o lado com um meneio, ela voltou a fronte irada para o colega, bufando de leve ao falar. "Você sabe muito bem de quem é a culpa dessa história toda." Ela começou a forçar a vassoura no chão, quebrando algumas palhas da escova.
      Um sorriso se formou na face do morcego ao ouvir o tom de voz da amiga. "Mana, se acalme..." Ele parou para aproveitar um pouco a sensação de poder perceber o que sua interlocutora sentia, e continuou. "Além do mais, você não deveria reclamar. Se o vô soubesse que eu estava envolvido na história, o seu castigo seria bem pior."
      A raposa não esperou um  instante antes de pular na direção do morcego, se esquivando de duas mesas no caminho. O vestido ainda esvoaçava quando a mão da moça pousou no pescoço do morcego, pressionando o suficiente para deixá-lo sem ar. "Você não me venha com essa, maninho, ou lhe faço limpar este chão com a língua!" O aperto aumentou de leve, enquanto ela aproximava o rosto do outro. "Eu ainda lhe faço pagar pelo que fez, pequeno, marque minhas palavras."
      O garoto não se debatia, ainda surpreso pelo súbito movimento. Por mais medo que sentisse, ele sabia que nada iria acontecer. "Mas mana..." O som saiu baixo, como um sussurro distante. "Você não acha que..."
      O resto da sentença se perdeu no ar, pois no mesmo instante que o jovem mamífero terminava a fala, a porta se abriu com um estrondo, e um vulto encapuzado entrou no salão, sendo seguido pelos olhos de ambos os presentes.
      "Ah..." O garoto estava surpreso demais para esboçar reação "Como ele abriu a porta trancada?" A mente do morcego vibrava de tantas hipóteses. Felizmente para ele, sua companheira pensou mais rápido.
    Largando-o para cair sobre a bancada com um estrondo, a raposa deu alguns passos para frente, ajeitando o cabelo enquanto abria um largo sorriso. "Bom dia, senhor." A voz vibrava com uma felicidade artificial, adquirida após anos de atendimento. "Peço que me desculpe, mas devo pedir que saia. Ainda não abrimos, e como pode ver..." Ela não terminou. Havia algo estranho demais na maneira como ele se curvava para frente. "Com licença... Você está bem?" Ela se inclinou um pouco para frente, buscando ouvir uma resposta.
     Sem aviso prévio, o vulto caiu no chão com um estrondo, e um líquido escuro se espalhou pelo recém varrido assoalho, causando um grito surdo na jovem canina.
   Desta vez, o morcego foi mais rápido. Pulando do balcão, ele correu em direção às escadas na extremidade do salão, e quase sem fôlego se apoiou na parede. "Vô, corre, rápido!" Ele se virou para o centro do cômodo, onde estava a ainda em choque raposa, antes de se virar de novo para a escada e subir correndo. "Vô, tem alguém morrendo aqui em baixo!"

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Enquanto termino de escrever, tá aí uma provinha procês.

EDIT: Bem, aí está, completo. Me custou umas duas horas, mas eu gostei do resultado. Possível que eu ainda volte para consertar algumas coisas por aqui, mas no mais, tudo certo!